Jogador
Nome:
ChristyIdade:
23 Contato:
Christy_vasconcellos@hotmail.comQuais os livros de Harry Potter que você já leu?
todosQuais os filmes da saga Harry Potter que você já assistiu?
TodosJá participou de outros fóruns de RPG? Quais?
SimJá possui outros personagens nesse fórum? Quais?
Sim, Marie Montreir e Akane de AndradePersonagem
Nome:
Ren Matsuri Idade:
16 anos Data de Nascimento:
10/01/2036 Local de Nascimento:
Japão Ano escolar:
6º anoOnde mora durante as férias:
Com suas tias no Japão Raça:
PuraVarinha:
Holly, 30 cm, Presas de Basilisco, pétalas de Atropa belladonna . Possui algum animal de estimação? Qual?
Felino
Nome: Nikko
3 anos
MachoPossui alguma habilidade ou item especial? Qual?
NãoAvatar:
Mai Kuraki
Atributos
Força:
2Constituição:
4 Agilidade:
4Inteligência:
4 Destreza:
4Mira:
4 Qual casa combina mais com você?
Sonserina: História:
The very brightest candle of all has been extinguished…
Dezesseis anos atrás, foi em uma noite de inverno que cheguei ao mundo. Dizem que o frio era congelante nas ruas, e que as janelas permaneciam embaçadas e com o acumulo de neve em seus batentes. O vento parecia sussurrar boas vindas ou apenas a sentenciar meu destino. Desde muito cedo aprendi meu lugar naquela família, se eu era amada? Sim meu pai me dava sua atenção e amor, porque não? Mas eu não me sentia parte daquilo.
Sempre ouvia os cochichos discretos ou não sobre mim, a menina diferente, a garota apática. Médicos e mais médicos, e exames. Cada qual parecia me expor ainda mais, e abrir feridas que eu nem sabia existir em mim. Uma a um, e eles nada disseram. Não havia um problema real. Ou talvez este existisse apenas dentro de mim, do que eu era, de como me sentia. Desde sempre aprendi a me manter calada e quieta, passava muitas horas do dia ao piano, tocando sem parar, ou então a escrever melodias que eu jamais cantaria a frente de alguém, eu as escondia e guardava para mim o que cada palavra ali escrita ou nota tocada realmente significava.
The leftover tallow just doesn't contain all the right answers…
Meus pais pareciam se amar, na verdade era constrangedor muitas vezes observar a forma como seus olhares se encontravam, ou o toque de suas mãos pareciam na verdade uma dança meticulosamente calculada e ensaiada por anos. Evitava estar presente em tais momentos, ou apenas reservar minha atenção em outra coisa ou lugar. Mas havia outro membro em minha família, meu irmão mais velho: Akira. Eu sempre vi e ouvi minha mãe a falar: ele cuidaria de mim. Meu pai dizia que ele era meu espelho.
Mas não era isso que eu sentia. Desde muito nova eu notava a distancia dele, e ao contrario eu não o queria perto. Algo nele, em seu jeito de falar, caminhar ou até mesmo olhar para as outras pessoas me dava: medo. E receio. Foi quando notei como os demais irmãos se comportavam, a dedicação, a forma carinhosa. E apesar de não desejar a atenção de Akira, ao mesmo tempo tinha inveja de tais irmãos. Eu tinha inveja das meninas que pareciam sempre sorri a todos, e tinham uma enorme facilidade de serem apenas: felizes. Em tal época eu aprendi que realmente me concentrar em meus estudos, deveres e na minha fuga. Era o melhor. Se eu tinha amigos? Havia colegas, aos quais eu não poderia chamar de amigos reais. Mas eram de alguma forma presentes em alguns sentidos.
Every wave in the lake caused the porcelain to break And I shiver...
Mas algo piorara, de repente como se um raio houvesse caido sobre nós. As vezes eu poderia pensar que o destino gostava de tripudiar sobre mim, ou apenas eram pequenos testes que diriam até onde ou o quanto eu suportaria calada, esquecida e me esquecendo das pessoas a minha volta. Fora em uma tarde de outono ao qual folhas faziam tapete sobre o solo e lá estávamos reunidos com os demais familiares, e ela? Pálida parecendo dormir um sono tranqüilo e abençoado pelos Deuses. Ela havia partido naquela noite, levando com ela um pedaço meu. Meu pai permanecia ao seu lado, como se esperasse que seus olhos se abrissem e novamente trocassem confidencias e declarações. Mas aquilo não ocorreu.
Desde que aprendi a ler, gostava dos contos belos e por vezes tristes, que narravam a separação, a despedida final de duas pessoas. Alguns me faziam imaginar se poderia haver realmente tal dor maior ou igual aquela. E olhando naquele dia nos olhos de meu pai eu descobri: não havia dor maior que a perda. A despedida final, eu tinha certeza que muitas vezes deixei de dizer palavras belas a ela, mas eu a abraçava com freqüência, e naquele momento eu só notei que estava ao lado dela, a olhando. Segundos, minutos, antes de eu a abraçar. Não me importando com os olhares, mas eu não chorei, não ali. Eu precisava ser forte. Mas como ser assim se minhas muralhas estavam lentamente sendo destruídas?
As untuched snow turns red, innocence dies…
Fora após a morte dela que ele começou, primeiro parecia tentar me consolar por algo? mas, primeiro eu o pegava me olhando, depois ele sorria de forma estranha; seus olhares a me encarar não me davam segurança e sim apenas: medo. Algumas vezes eu o via na porta de meu quarto, ou a escola surgindo em meio às sombras. Sempre com pequenas perguntas ou conversas que jamais teríamos ou tínhamos. E foi nessa época que os toque começaram, a principio geraram uma grande confusão dentro de mim. Afinal eu não entendia o porquê daquilo. Mas era no olhar dele, naqueles olhos que pareciam realmente o inverno, que eu me apavorava.
Apenas doze anos, e eu descobria o lado mais cruel, perverso e indecente de uma pessoa. Tal que eu deveria amar e este me proteger, porém ele me expunha aos perigos, me causava dor. Às vezes mesmo sozinha eu o sentia perto, era como se ele houvesse me marcado. Meu próprio irmão, e fora em uma noite ao qual eu pensei que minha tranca da porta fosse forte o suficiente que tudo ocorreu. Não adiantou meus pedidos, ou meu choro, ninguém me ouvia, ele não me ouvia. Era apenas eu a enfrentar meu pior e mais real pesadelo: Akira... Eu pedia aos deuses que tudo aquilo terminasse rápido. Foi então que senti a dor, a vergonha e eu soube: ele começava a me destruir.
Dias, semanas, meses, eu suportei seus toques, seus olhares indecentes. Sentia nojo por tudo, perdia as contas de quantas vezes tomava banho apenas para me sentir limpa, me sentir novamente eu. Mas não adiantava, pois era como se seus olhos me seguissem, me vigiassem. E foi nessa época que ela me deixara, eu jamais contei a ela o que vivia, o que passei. Eu a amava demais para a fazer sofrer com o que ocorrera, e tinha medo do que Akira poderia fazer. Eu o temia com a mesma intensidade que o odiava. Ele estava a tirar tudo de mim...
This black page in history is not colourfast…
Às vezes a vida nos reserva provações, mas talvez estas se tornem grande mais em alguns momentos. Meu pai caira lentamente após minha mãe morrer. Não houve conversa, família dias ou semanas que o fizessem voltar a ser como antes. Ele havia partido e eu o entendia, pois me sentia da mesma forma, não só pela nossa perda. Como por todo o resto. Eu continuava a fugir de meu irmão, seja na escola ou dentro de minha própria casa, mas tais fugas não impediam. Nunca o impediam, por alguns momento cheguei a pensar: haveria realmente anjos? Aqueles tão citados em tantos livros, seres a nos proteger? E se caso sim: porque haviam me abandonado?
Estávamos quebrados, não como um cristal ao qual um simples feitiço consertaria: não tínhamos mais conserto. Meu pai havia se perdido em sua dor, e eu não mais sabia viver sem a minha. Mas fora em um dia de tempestade que tudo ocorrera: Akira a tentar novamente toques aos quais eu fugir, e ele estava ali, parado a nos olhar. Jamais poderia esquecer a dor e a descrença em seus olhos, ainda mais com o que ele entendera. Eu corri, o mais rápido que pude, me escondi durante toda a noite, e fui encontrada por minha tia que lamentava tanto algo que não entendi a principio até saber que naquela manhã: meu pai havia morrido. Nem mesmo o medo de agora sermos apenas: eu e Akira naquela casa, fez a dor daquela perda passar. Eu causara a ele dor, eu me sentia culpada pelo que tivesse ocorrido, afinal eu deveria não deixar ninguém saber, ninguém precisava de minha dor compartilhar, de minha vergonha saber. Naquela noite eu jurei ainda observando a chuva cair que de alguma forma: eu mudaria.
Eu fora tola, era difícil e quase impossível, fui morar com minhas tias, ao qual tive estudo, compreensão e principalmente: sem Akira. Os dias pareciam melhorar, eu já conseguia até mesmo puxar assunto com alguém. Desde que essa pessoa caso fosse do sexo oposto mantivesse uma distancia: segura. Porém nunca consegui por exemplo ir a um baile, pois este sem lembravam danças, e danças pessoas perto demais. Tentava ao máximo disfarçar meu corpo, mais roupas que o normal, ou mais largas que meu manequim. Eu tinha medo que novamente alguém me desejasse, e me ferisse.
Mas não podíamos fugir de nosso destino. E me via agora a arrumar minhas malas, não para voltar a escola de magia do Japão, e sim Hogwarts. A mesma escola ao qual Akira freqüentava e meus demais primos. Novamente eu retornava ao meu passado e presente. Desejando que não fosse meu futuro. Poções de sono sem sono me ajudavam a não sonhar. Mas como qualquer poção evitaria a realidade? Eu estava voltado ao inferno, e nem mesmo mais conseguia acreditar em anjos ou demônios. Sentia-me vazia e quebrada. Esperanças? Você deixa de ter quando simplesmente parece morrer por dentro a cada dia.
Mas eu ainda não estava pronta para desistir. Algo dentro de mim parecia mudar, ou tentar. Eu precisava encarar meu pesadelo e tentar voltar a sonhar.
[i]And All that remains is just a feint of what was meant to be…
OFF
- Spoiler:
Amanda está ai a ficha, não sei se saiu como deveria o.O espero que sim, qualquer coisa me fale e edito okay?
OFF